Responsável por infecções nos pulmões e ouvidos, por meningite e infecções do sangue (bacteremia e sepsis), a doença pneumocócica é prevenível por vacina.
Doença mais comum no inverno e, frequentemente, se associa à gripe, agravando o quadro.
A doença pneumocócica é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, causa mais comum de doenças graves em crianças menores de 5 anos — posto que era ocupado por outra bactéria, a Haemophilus influenzae tipo b (Hib), fortemente combatida com a vacinação.
Qualquer pessoa pode ter doença pneumocócica, mas a idade e certas condições clínicas são os principais fatores de risco.
Crianças menores de 5 anos (mais ainda as menores de 2 anos), idosos e pessoas com doenças como Aids, anemia falciforme, diabetes, asplenia (por retirada cirúrgica do baço ou por doenças que afetam o funcionamento desse órgão), com doença do coração ou do pulmão, são muito mais propensas a adoecerem de forma grave e até fatal.
O Streptococcus pneumoniae é o agente infeccioso que mais comumente causa pneumonia bacteriana em crianças e adultos.
Em suas piores formas, a doença pneumocócica mata uma em cada quatro ou cinco pessoas acima de 65 anos infectadas pelos pneumococos.
Transmissão
Ocorre por meio de gotículas de saliva ou secreções.
Ambientes fechados ou com aglomeração de pessoas facilitam a disseminação da bactéria.
Faixa Etária
Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves, sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão, com problemas de imunidade, entre outras condições).
Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.
Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.
Esquema Vacinal
Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13.
Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC10 ou VPC13) — veja as indicações de cada uma — e aplicar uma dose da VPP23 seis a 12 meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP23.
Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.
Via de Aplicação
Intramuscular.
Efeitos e Eventos Adversos
As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação, inchaço ou endurecimento, vermelhidão, dor de cabeça, cansaço e dor muscular.
Reações locais mais intensas, como inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.
Interação Entre Vacinas
A vacina Herpes Zoster não deve ser administrada concomitantemente com a vacina Pneumocócica 23 valente devido a diminuição da resposta imunológica da vacina herpes zoster, mas não da resposta à vacina Pneumocócica 23.
Orientações
Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
Compressas frias (temperatura ambiente) aliviam a reação no local da aplicação. Nunca realizar compressas quentes ou geladas.
Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Contra indicação
Crianças, adolescentes e adultos que apresentaram anafilaxia causada por algum componente ou dose anterior da vacina
Em caso de doença aguda com febre, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.